sábado, 28 de junho de 2014

Futebol é sinônimo de emoção

A derrota começou antes dos 90 minutos. A torcida brasileira, que estava dando um show na Copa do Mundo, decepcionou com as vaias ao hino da nação do Chile.

Hino não se vaia, se respeita.

É questão de educação. Vaiar o hino é demonstrar falta de respeito à nação que sofreu por muitos anos com a repressão, a ditadura, sofreu com um terremoto que devastou o país e tem no futebol uma maneira de união nacional representada por sua melhor geração de todos os tempos nesta edição de Copa do Mundo.

Fiquei envergonhado. Não precisava vaiar o hino chileno. Deselegância absoluta, aliás, cadê o fair-play? #issonãosefaz


Torcida brasileira vaiou gratuitamente o hino chileno
Créditos: Danilo Borges / Portal da Copa


A vaia ao hino chileno, claramente, motivou a equipe comandada por Jorge Sampaoli, que por sua vez, lutou com alma e coração durante os 90 minutos e nos 30 da prorrogação diante do time verde e amarelo, além de nos dar uma aula de tática.

O time bem armado taticamente, com garra e muita dedicação consegue se impor contra o oponente com qualidade técnica superior, no caso, o Brasil.


Chilenos não deram bola às vaias da torcida brasileira e cantaram com determinação o hino
Créditos: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil


O Chile respondeu às vaias com respeito, com raça, dedicação e garra em cada bola dividida. A equipe de Vidal, Aránguiz, Sanchez, Vargas e etc., ganhou o jogo, mas perdeu a vaga.

A equipe brasileira saiu de campo com sentimento de que ficou devendo. Sabe das lições que deve levar para o restante do mundial, se quiser lutar pelo título.

Contudo, o futebol mais uma vez mostrou o quanto é emocionante e gostoso de acompanhar. Até aqueles chatos de plantão que criticaram a realização da Copa no Brasil, aqueles “malas” que adoram criticar o esporte da massa, acabam se contagiando com a emoção de uma partida como Brasil e Chile fizeram.

Os comandados de Sampaoli não contavam que teriam pela frente um arqueiro tão empenhado, aguerrido e determinado como Júlio César.


Júlio César foi eleito o melhor jogador em campo pela FIFA
Créditos: Rafael Ribeiro / CBF


O choro do camisa 12 do time brasileiro antes das penalidades era a tradução do filme que se passava na memória do goleiro, que sofreu com a eliminação quatro anos atrás na África do Sul, e via  de perto o cenário se repetir. Coube a ele se redimir dos erros contra a Holanda, em 2010, e salvar a pátria verde e amarela contra o Chile.


Créditos: Rafael Ribeiro / CBF



Cada lágrima de Júlio César transformava em garra e determinação para defender cada penalidade.

Parecia até que Júlio previa que seria o herói do confronto.

Após a concretização da vitória por pênaltis, o choro se repetiu, porém, com sensação de alívio por tirar das costas o peso de uma nova eliminação.


Choro de Neymar é o alívio pela classificação e a sensação de que poderia ter feito mais, porém ficou devendo
Créditos: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil


Para os céticos de plantão pode parecer coisa de gente mole, de quem não tem personalidade, coisa de pessoa fraca ou até falta de profissionalismo, mas só quem vive o dia a dia do futebol pode entender o porquê do choro de Júlio César e de outros atletas brasileiros. No caso do arqueiro a sensação de dever cumprido. Para os demais sensação de que ficaram devendo.


Créditos: Rafael Ribeiro / CBF


O time brasileiro pode produzir muito mais, entretanto, é necessário ter como base o espírito coletivo que Chile, Holanda, Alemanha, Uruguai e Colômbia demonstraram até aqui. A soberba e o individualismo são facilmente superados por equipes bem montadas.

Futebol não é só estratégia, tática, números, retrospecto e tradição. A malícia, a “malandragem” (no bom sentido), a garra, a determinação, a imposição dentro de campo também fazem a diferença.


terça-feira, 24 de junho de 2014

A história da camisa 9 do Brasil em Copas do Mundo



O centroavante Fred é o 14º jogador a usar a camisa 9 do Brasil em uma Copa do Mundo.

A história começou na Copa de 1950, no Brasil, ano em que a numeração passou a ser adotada.

Naquela ocasião, a camisa 9 ela usada pelo lateral-esquerdo Bigode, que não marcou gol na Copa de 50.

O primeiro atleta a marcar com a camisa 9 do Brasil foi Baltazar, no Mundial de 1954.

Confira a lista de todos que vestiram a 9 da Seleção em Copas do Mundo e observe que não foi só centroavante que vestiu essa camisa amarelinha, além disso, Ronaldo, que foi camisa 9 nas Copas de 98, 2002 e 2006 (em 94 o fenômeno vestia a 20) foi o jogador que mais fez gols em Copas:

1950 – Bigode (não marcou) – lateral-esquerdo
1954 – Baltazar (1 gol) - atacante
1958 – Zózimo (não marcou) - zagueiro
1962 – Coutinho (não marcou) - atacante
1966 – Rildo (1 gol) – lateral-esquerdo
1970 – Tostão (2 gols) - atacante
1974 – César (não marcou) - atacante
1978 – Reinaldo (1 gol) - atacante
1982 - Serginho Chulapa (2 gols) - atacante
1986 – Careca (5 gols) - atacante
1990 – Careca (2 gols) - atacante
1994 – Zinho (não marcou) - meia
1998 – Ronaldo (4 gols) - atacante
2002 – Ronaldo (8 gols) - atacante
2006 – Ronaldo (3 gols) - atacante
2010 – Luis Fabiano (3 gols) - atacante

2014 – Fred (1 gol até o fim da primeira fase) – atacante






segunda-feira, 23 de junho de 2014

Os 10 maiores frangos de goleiros em Copas do Mundo

Ser goleiro parece castigo. É o único jogador autorizado a pegar a bola com as mãos dentro de uma área determinada, joga com o uniforme diferente de todo mundo, assiste ao jogo de longe, quase não é ouvido, precisa orientar a defesa, ter a confiança de seus companheiros, ouve xingamentos dos torcedores, treina separadamente de todos, precisa até de um treinador especial, além de ser condenado a defender uma penalidade quando algum companheiro de time comete uma falta dentro da sua grande área.

Goleiro dificilmente marca gol. Tem que ser um homem de elástico e é o único que não pode errar. 

O arqueiro pode ser herói (se garantir uma vitória com lindas defesas) ou pode ser vilão (se errar num momento crucial). Vida complicada. E quando toma um frango fica marcado para sempre.

Fizemos uma lista com os 10 maiores frangos de goleiros em Copas do Mundo. Confira:

Laurent di Lorto, França 1 x 3 Itália - Copa 1938 - Quartas de Final


Vilem Schrojf, Tchecoslováquia 1 x 3 Brasil - Copa 1962 - Final


Muamba Kazadi - Zaire 0 x 3 Brasil -  Copa 74 - Primeira Fase


Ramon Quiroga - Peru 0 x 3 Brasil - Copa 78 - Segunda fase


Waldir Peres - Brasil 2 x 1 URSS - Copa 82 - Primeira fase


Nery Pumpido - Argentina 0 x 1 Camarões - Copa 90 - Primeira fase


Andoni Zubizarreta - Espanha 2 x 3 Nigéria - Copa 98 - Primeira fase


Andreas Koepke - Alemanha 2 x 2 Iugoslávia - Copa 98 - Primeira fase


Robert Green - Inglaterra 1 x 1 EUA - Copa 2010 - Primeira fase


Akinfeev - Coreia do Sul 1 x 1 Rússia - Copa 2014 - Primeira fase

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Clima de Copa é assim...

Todo mundo fala a mesma língua: futebol.

A Copa do Mundo tem o poder de unir as nações do planeta Terra durante os 30 dias de evento. 

É incrível! 

Na cidade de São Paulo aconteceu na última quinta-feira, 19/06/2014, a partida entre Inglaterra x Uruguai, na Arena Corinthians. 

Dentro de campo, vitória celeste por 2 a 1 e um jogo muito bom que envolvia dois campeões mundiais. 

Mas fora de campo clima de paz, tranquilidade, festa e muita descontração com os torcedores de ambos os times.


Créditos: Vander Felipe
Logo na saída do metrô muitos torcedores procuravam cambistas para comprar ingressos. Ingleses, uruguaios, argentinos, nigerianos e brasileiros capazes de pagarem qualquer quantia para ter o privilégio de assistir um clássico mundial na Copa.

Créditos: Vander Felipe

Nos arredores da Arena Corinthians torcedores ingleses fizeram dos bares da região seus pubs para acompanharem os jogos, pois havia muita gente sem ingresso fora do estádio.

Os uruguaios só queriam festejar, cantar e curtir o clima de Copa do Mundo. Com a ajuda de alguns torcedores brasileiros que também seguiam para o jogo soltaram a voz. Ouça:



Créditos: Vander Felipe
Tudo junto e misturado! Ingleses e uruguaios criaram um clima amistoso nos bares da região de Itaquera durante a partida da Copa do Mundo. 

Créditos: Vander Felipe

Essa imagem dessas duas crianças dispensa qualquer tipo de comentário. Sensacional!

Créditos: Vander Felipe

Na Copa do Mundo tem de tudo! Esse torcedor não estavam nem aí para o jogo, o que ele mais queria era cornetar geral.

Créditos: Adriana Santana

Entre idas e vindas nos arredores da Arena Corinthians conversei com Maximiliano, torcedor do Nacional do Uruguai e grande figuraça. Não sei se ele foi irônico, mas elegeu o Marcelo como o principal jogador do Brasil. 

Ouça o bate papo que eu tive com esse torcedor uruguaio antes do certame Inglaterra 1 x 2 Uruguai.


Créditos: Vander Felipe
O jogo era Inglaterra x Uruguai, mas sobrou até pra Espanha, derrotada pelo Chile e eliminada da Copa do Mundo.

Créditos: Vander Felipe

Uruguaios alegres gritavam os nomes de Fórlan, Cavani, Suárez e Godín na chegada ao estádio...

Créditos: Vander Felipe
...Enquanto isso as figuras chegavam para animar o confronto.

Créditos: Vander Felipe

Até o inglês gritou "Vai Corinthians" sem saber o que isso realmente significa. Sobraram risadas.


Créditos: Adriana Santana

Além de uruguaios e ingleses, muitos americanos caminhavam para o jogo. Adivinhe para quem estavam torcendo? Inglaterra, óbvio.

Conversei com Chris, torcedor do Manchester City, disse que era o primeiro jogo da Copa que iria assistir no Brasil, mas está gostando do Mundial no Brasil. E disse que as pessoas em São Paulo são divertidas. Ouça:


Créditos: Vander Felipe

No centro de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, muitos torcedores disputavam um bom lugar para assistir o confronto na FIFA Fan Fest pelo telão. 

Clima de Copa! Ingleses e uruguaios misturavam-se aos brasileiros e equatorianos que também acompanhavam a partida.

Para quem gosta de Copa do Mundo está muito legal andar pelas ruas de São Paulo e ver de perto pessoas de várias nacionalidades, turistas pra todos os lados e uma só paixão: o futebol.

Vander Felipe. Tecnologia do Blogger.

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