O estádio Jayme Cintra é a casa do Paulista F.C., localizado
na praça Dr. Salim Gebram, Jardim Pacaembu, nº 1, em Jundiaí, interior do
estado de São Paulo.
A primeira vez que eu estive no estádio foi em 2010 para
transmitir pela rádio Estação FM a final da Copa Paulista Futebol, no qual, o
time da casa enfrentou o Red Bull de Campinas. O time tricolor jundiaiense foi
campeão daquela edição do torneio. Eu narrei a partida com os comentários de
Celso Monteiro e reportagem de Célio Campos. Na época, não fiz nenhum registro
fotográfico da equipe nem do estádio.
Em 2017, no entanto, eu tive a oportunidade de voltar ao
estádio para transmitir pela rádio Nova Estação FM a partida entre Paulista X
Nacional, dia 04/02/2017, pela série A-3 do Paulistão. Os donos da casa
perderam por 2 a 1 de virada. Trabalhei nesse jogo com reportagem de Célio
Campos e técnica externa de Roberto Premero.
Estádio Jayme Cintra antes da partida Paulista X Nacional pela série A-3 do Paulistão |
O estádio é muito agradável. Os funcionários do galo da
Japi, apelido do Paulista, são receptivos, as condições de trabalho são boas,
ótima visão da cabine de transmissão para o campo de jogo e o público do
estádio são majoritariamente moradores da cidade.
Pouco mais de mil pessoas compareceram ao estádio para prestigiar o primeiro jogo da equipe profissional no estádio |
Além disso, os profissionais de imprensa da região de
Jundiaí também atuam na cobertura do clube e ficam felizes quando jornalistas
de outras cidades comparecem ao estádio.
Nesta oportunidade, eu tive o prazer de conhecer o
radialista Luiz Antônio de Oliveira, 76 anos, conhecido na cidade como
“Cobrinha”, da rádio Difusora de Jundiaí.
Vander Felipe, Luiz Antônio de Oliveira "Cobrinha" e Célio Campos |
Cobrinha é o cronista mais antigo na cobertura do clube:
mais de 50 anos como setorista.
Cobrinha, da rádio Difusora de Jundiaí, está na cobertura do Paulista há mais de 50 anos |
No fim do jogo, ele participou do fechamento da jornada
esportiva da rádio Nova Estação FM no programa Pós – Jogo com histórias e
informações importantes sobre o Paulista.
Estacionamento de associados, diretores, imprensa e visitantes no estádio Jayme Cintra |
A origem
Entre 1903 e 1908 havia o Jundiahy Foot Ball Club, fundado
ao lado da locomotiva 34 no pátio da Companhia Paulista de Estradas de Ferro de
Jundiaí.
Em 17 de maio de 1909, o clube se transformou no Paulista
Futebol Clube. Nos primeiros anos de sua existência, por não haver competições
organizadas na cidade, a atividade futebolística do Paulista se limitava a
disputas internas entre os associados e esporádicos jogos amistosos contra
outras equipes. Em seus primeiros tempos, o clube utilizou um campo na atual
Vila Rio Branco e em 1913 mudou-se para instalações em um terreno na Vila Leme.
Em 1933, à Federação Paulista de Futebol, onde disputou as
competições organizadas pela entidade sem, no entanto, obter nenhum sucesso.
Sem condições de construir um estádio próprio, que já fora idealizado pelo
presidente do clube na época, Dr. Jayme de Olhôa Cintra, em 1944, a equipe
começou a mandar seus jogos, a partir de 1957, em uma área no Jardim Pacaembu,
em Jundiaí, onde está até os dias de hoje.
Primeiro acesso
O Paulista subiu à divisão principal em
1968. Dez anos depois, o clube acabou sendo rebaixado, mas retornou em 1984,
depois de golear o Vocem de Assis por 7 a 1, em São Paulo, no estádio do Parque
Antártica. Depois de um ano na divisão de elite, o clube acabou novamente
caindo de divisão e começou a procurar parcerias com empresas para se reestruturar.
Equipamento de transmissão e visão para o campo de jogo |
Primeira parceria
Em 1995, o time de Jundiaí se associou à empresa Lousano em
um dos primeiros contratos de co-gestão do futebol brasileiro. Logo no primeiro
ano, a parceria produziu bons resultados, com o clube subindo da Série A3 para
a Série A2 do futebol paulista. Com essa parceria, muitos craques consagrados
vestiram a camisa do clube, como Casagrande e Toninho Cerezo. Também com a
parceria, o clube conquistou a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1997.
Nova parceria e mudanças de nome
Desfeita a parceria no ano seguinte, o Paulista se associou, mais um vez, a uma outra marca, desta vez à Parmalat, mudando o nome do clube para Etti Jundiaí. A mudança desagradou a uma parcela expressiva da torcida, mas trouxe resultados imediatos em campo, com o time vencendo o Campeonato Paulista da Serie A2 e o Brasileiro da Série C, ambos em 2001. No ano seguinte, a Parmalat anunciou a retirada de seus investimentos em futebol e o time passou por uma curta fase de transição, durante a qual se denominou Jundiaí Futebol Clube. Finalmente, um plebiscito entre os torcedores devolveu-lhe, por expressiva maioria, o nome de Paulista Futebol Clube.
Desfeita a parceria no ano seguinte, o Paulista se associou, mais um vez, a uma outra marca, desta vez à Parmalat, mudando o nome do clube para Etti Jundiaí. A mudança desagradou a uma parcela expressiva da torcida, mas trouxe resultados imediatos em campo, com o time vencendo o Campeonato Paulista da Serie A2 e o Brasileiro da Série C, ambos em 2001. No ano seguinte, a Parmalat anunciou a retirada de seus investimentos em futebol e o time passou por uma curta fase de transição, durante a qual se denominou Jundiaí Futebol Clube. Finalmente, um plebiscito entre os torcedores devolveu-lhe, por expressiva maioria, o nome de Paulista Futebol Clube.
Década de conquistas
Mesmo sem nenhum parceiro, o clube não deixou de conseguir
resultados importantes, como o vice-campeonato Paulista de 2004, sendo superado
apenas pelo São Caetano na final, e a maior conquista da sua história: a Copa
do Brasil de 2005, ao vencer equipes tradicionais do futebol nacional como
Juventude (RS), Botafogo (RJ), Internacional (RS), Figueirense (SC), Cruzeiro
(MG) e Fluminense (RJ). No ano seguinte, o time disputou pela primeira vez uma
competição internacional: a Copa Libertadores da América, mas acabou sendo
eliminado ainda na primeira fase da competição. Em 2007 (6º lugar) 2008 (12º
lugar) e 2009 (12º), o Paulista fez campanhas regulares no Campeonato Paulista.
Em 2010 a equipe amargou má campanha no Campeonato Paulista,
ficando na 15ª colocação, com 20 pontos ganhos. A diferença de pontos do
Paulista para o 17º colocado, primeiro da zona do rebaixamento, foi de apenas
um ponto. Em compensação, no segundo semestre, a equipe comandada por Fernando
Diniz superou o Red Bull Brasil na final da Copa Paulista de Futebol e garantiu
vaga na Copa do Brasil de 2011.
Das conquistas aos novos rebaixamentos
Feito repetido na temporada seguinte, mas dessa vez diante
do Comercial no estádio Santa Cruz, sob comando de Wagner Lopes. Com a
conquista, o Paulista de Jundiaí tornou-se o único do estado a levantar o
troféu por três vezes na história. Já na temporada de 2012, o clube amargou
eliminações precoces tanto na Série A1, como na primeira fase da Copa do Brasil,
para o Goiás. Para completar o ano ruim, a sequência vitoriosa na Copa Paulista
foi interrompida logo na segunda fase.
Na sequência da má campanha de 2012, o time de Jundiaí
também foi mal no Paulistão de 2013, quando lutou contra o rebaixamento, mas
conseguiu a permanência na elite.
2014 foi um ano para ser esquecido em Jundiaí. Depois de 11
anos atuando na elite do futebol estadual, o Paulista acabou sendo rebaixado
para a Série A2. Em 15 partidas disputadas, o clube somou apenas quatro pontos,
sem conquistar nenhuma vitória. No segundo semestre, o time disputou a Copa
Paulista, mas foi eliminado ainda na primeira fase, ficando na última colocação
do Grupo 02.
De volta à Série A2, em 2015, o Paulista chegou a ter sua
permanência na divisão ameaçada, mas, por fim, conseguiu se livrar da degola
com certa folga. O clube terminou na 11ª colocação na tabela e longe do retorno
à Série A1 do Campeonato Paulista.
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