sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Estádios por onde andei: Jayme Cintra

O estádio Jayme Cintra é a casa do Paulista F.C., localizado na praça Dr. Salim Gebram, Jardim Pacaembu, nº 1, em Jundiaí, interior do estado de São Paulo.

A primeira vez que eu estive no estádio foi em 2010 para transmitir pela rádio Estação FM a final da Copa Paulista Futebol, no qual, o time da casa enfrentou o Red Bull de Campinas. O time tricolor jundiaiense foi campeão daquela edição do torneio. Eu narrei a partida com os comentários de Celso Monteiro e reportagem de Célio Campos. Na época, não fiz nenhum registro fotográfico da equipe nem do estádio.

Em 2017, no entanto, eu tive a oportunidade de voltar ao estádio para transmitir pela rádio Nova Estação FM a partida entre Paulista X Nacional, dia 04/02/2017, pela série A-3 do Paulistão. Os donos da casa perderam por 2 a 1 de virada. Trabalhei nesse jogo com reportagem de Célio Campos e técnica externa de Roberto Premero.

Estádio Jayme Cintra antes da partida Paulista X Nacional pela série A-3 do Paulistão


O estádio é muito agradável. Os funcionários do galo da Japi, apelido do Paulista, são receptivos, as condições de trabalho são boas, ótima visão da cabine de transmissão para o campo de jogo e o público do estádio são majoritariamente moradores da cidade.


Pouco mais de mil pessoas compareceram ao estádio para prestigiar o primeiro jogo da equipe profissional no estádio


Além disso, os profissionais de imprensa da região de Jundiaí também atuam na cobertura do clube e ficam felizes quando jornalistas de outras cidades comparecem ao estádio.
Nesta oportunidade, eu tive o prazer de conhecer o radialista Luiz Antônio de Oliveira, 76 anos, conhecido na cidade como “Cobrinha”, da rádio Difusora de Jundiaí.



Vander Felipe, Luiz Antônio de Oliveira "Cobrinha" e Célio Campos


Cobrinha é o cronista mais antigo na cobertura do clube: mais de 50 anos como setorista.


Cobrinha, da rádio Difusora de Jundiaí, está na cobertura do Paulista há mais de 50 anos



No fim do jogo, ele participou do fechamento da jornada esportiva da rádio Nova Estação FM no programa Pós – Jogo com histórias e informações importantes sobre o Paulista. 



Estacionamento de associados, diretores, imprensa e visitantes no estádio Jayme Cintra


A origem

Entre 1903 e 1908 havia o Jundiahy Foot Ball Club, fundado ao lado da locomotiva 34 no pátio da Companhia Paulista de Estradas de Ferro de Jundiaí.

Em 17 de maio de 1909, o clube se transformou no Paulista Futebol Clube. Nos primeiros anos de sua existência, por não haver competições organizadas na cidade, a atividade futebolística do Paulista se limitava a disputas internas entre os associados e esporádicos jogos amistosos contra outras equipes. Em seus primeiros tempos, o clube utilizou um campo na atual Vila Rio Branco e em 1913 mudou-se para instalações em um terreno na Vila Leme.

Em 1933, à Federação Paulista de Futebol, onde disputou as competições organizadas pela entidade sem, no entanto, obter nenhum sucesso. Sem condições de construir um estádio próprio, que já fora idealizado pelo presidente do clube na época, Dr. Jayme de Olhôa Cintra, em 1944, a equipe começou a mandar seus jogos, a partir de 1957, em uma área no Jardim Pacaembu, em Jundiaí, onde está até os dias de hoje. 





Primeiro acesso

O Paulista subiu à divisão principal em 1968. Dez anos depois, o clube acabou sendo rebaixado, mas retornou em 1984, depois de golear o Vocem de Assis por 7 a 1, em São Paulo, no estádio do Parque Antártica. Depois de um ano na divisão de elite, o clube acabou novamente caindo de divisão e começou a procurar parcerias com empresas para se reestruturar.



Equipamento de transmissão e visão para o campo de jogo


Primeira parceria

Em 1995, o time de Jundiaí se associou à empresa Lousano em um dos primeiros contratos de co-gestão do futebol brasileiro. Logo no primeiro ano, a parceria produziu bons resultados, com o clube subindo da Série A3 para a Série A2 do futebol paulista. Com essa parceria, muitos craques consagrados vestiram a camisa do clube, como Casagrande e Toninho Cerezo. Também com a parceria, o clube conquistou a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1997.

Nova parceria e mudanças de nome

Desfeita a parceria no ano seguinte, o Paulista se associou, mais um vez, a uma outra marca, desta vez à Parmalat, mudando o nome do clube para Etti Jundiaí. A mudança desagradou a uma parcela expressiva da torcida, mas trouxe resultados imediatos em campo, com o time vencendo o Campeonato Paulista da Serie A2 e o Brasileiro da Série C, ambos em 2001. No ano seguinte, a Parmalat anunciou a retirada de seus investimentos em futebol e o time passou por uma curta fase de transição, durante a qual se denominou Jundiaí Futebol Clube. Finalmente, um plebiscito entre os torcedores devolveu-lhe, por expressiva maioria, o nome de Paulista Futebol Clube.

Década de conquistas

Mesmo sem nenhum parceiro, o clube não deixou de conseguir resultados importantes, como o vice-campeonato Paulista de 2004, sendo superado apenas pelo São Caetano na final, e a maior conquista da sua história: a Copa do Brasil de 2005, ao vencer equipes tradicionais do futebol nacional como Juventude (RS), Botafogo (RJ), Internacional (RS), Figueirense (SC), Cruzeiro (MG) e Fluminense (RJ). No ano seguinte, o time disputou pela primeira vez uma competição internacional: a Copa Libertadores da América, mas acabou sendo eliminado ainda na primeira fase da competição. Em 2007 (6º lugar) 2008 (12º lugar) e 2009 (12º), o Paulista fez campanhas regulares no Campeonato Paulista.

Em 2010 a equipe amargou má campanha no Campeonato Paulista, ficando na 15ª colocação, com 20 pontos ganhos. A diferença de pontos do Paulista para o 17º colocado, primeiro da zona do rebaixamento, foi de apenas um ponto. Em compensação, no segundo semestre, a equipe comandada por Fernando Diniz superou o Red Bull Brasil na final da Copa Paulista de Futebol e garantiu vaga na Copa do Brasil de 2011.

Das conquistas aos novos rebaixamentos

Feito repetido na temporada seguinte, mas dessa vez diante do Comercial no estádio Santa Cruz, sob comando de Wagner Lopes. Com a conquista, o Paulista de Jundiaí tornou-se o único do estado a levantar o troféu por três vezes na história. Já na temporada de 2012, o clube amargou eliminações precoces tanto na Série A1, como na primeira fase da Copa do Brasil, para o Goiás. Para completar o ano ruim, a sequência vitoriosa na Copa Paulista foi interrompida logo na segunda fase.

Na sequência da má campanha de 2012, o time de Jundiaí também foi mal no Paulistão de 2013, quando lutou contra o rebaixamento, mas conseguiu a permanência na elite.

2014 foi um ano para ser esquecido em Jundiaí. Depois de 11 anos atuando na elite do futebol estadual, o Paulista acabou sendo rebaixado para a Série A2. Em 15 partidas disputadas, o clube somou apenas quatro pontos, sem conquistar nenhuma vitória. No segundo semestre, o time disputou a Copa Paulista, mas foi eliminado ainda na primeira fase, ficando na última colocação do Grupo 02.

De volta à Série A2, em 2015, o Paulista chegou a ter sua permanência na divisão ameaçada, mas, por fim, conseguiu se livrar da degola com certa folga. O clube terminou na 11ª colocação na tabela e longe do retorno à Série A1 do Campeonato Paulista.

0 comentários:

Postar um comentário

Vander Felipe. Tecnologia do Blogger.

Pesquisar neste blog