sábado, 6 de dezembro de 2014

Dica de filme: "Eu acredito! A América em Preto e Branco"

O torcedor do Atlético-MG certamente não vai esquecer tão cedo tudo o que aconteceu na temporada de 2013. Comandada por técnico com fama de pé frio, o time de Cuca conseguiu um feito inédito para a história do Galo mineiro: a conquista da Copa Libertadores da América. 

Além disso, a equipe de Minas Gerais também resgatou o bom futebol de Ronaldinho Gaúcho, que foi o protagonista da campanha alvinegra. 

Confira como foi a conquista da América pelo Atlético-MG:


Dica de filme: "Uma República louca por ti"

No último dia 4/12/2014 completou três anos da conquista do pentacampeonato Brasileiro do Corinthians sobre o rival Palmeiras no estádio do Pacaembu. 

Na mesma data, o torcedor alvinegro viva um dia de luto pela perda de um grande ídolo: Doutor Sócrates. 

A partida terminou empata em 0 a 0 e o alvinegro faturou o quinto título nacional, o segundo na era por pontos corridos. 

Confira como foi a saga corinthiana na temporada de 2011 no documentário "Uma República louca por ti". 


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Chaves: filosofia, crítica social e futebol

Na última sexta-feira, 28/11/2014, fui pego de surpresa por uma notícia triste: falecia Roberto Gomez Bolaños, o ator mexicano que interpretou Chaves e alegrou inúmeras vezes às tardes em que eu chegava da escola e almoçava assistindo o seriado. Quem nunca assistiu Chaves? Não há um brasileiro que nunca tenha visto pelo menos um episódio do seriado mais famoso do País.
Chaves para mim não foi apenas um humorístico, mas sim, aulas de filosofia e sociologia, no qual, a crítica estava embasada em mensagens subliminares que passam desapercebidas pelos mais desatentos espectadores. Não é à toa que o seriado ainda faz tanto sucesso entre diferentes gerações que se divertem com a “gentalha” que mora na Vila do “Seu Barriga”.
Bolaños escreveu Chaves inspirado na história do filósofo Diógenes Laércio, pós-socrático, nascido em 413 A.C., que vivia pelas ruas de Atenas perambulando com uma lanterna procurando o saber e morava dentro de um barril. Diógenes dependia de esmolas que moradores de um cortiço lhe davam para sobreviver. Ele optou por esse estilo de vida para ser livre e dizer o que realmente pensa.
E Chaves, no seriado, é a única pessoa livre na Vila. O único que realmente diz o que pensa sem temer represálias desse ou daquele.
Além desse contexto filosófico que cerca do seriado, Chaves, também pode ser interpretado, do ponto de vista da sociologia, como a representação do momento político-financeiro em que vivia a América Latina nas décadas de 60 e 70. Por isso, para entender as críticas no humorístico é necessário compreender a época de sua gravação.
Cada personagem representa um país ou uma região da América.
O dono da Vila, Seu Barriga, é o dono do capital, ou seja, quem detém o poder e os meios de produção. Ninguém consegue, se quer, pintar a Vila sem a ciência do capitalista em questão.
O inquilino endividado da Vila, Seu Madruga, é a representação de países como o México e o Brasil naquele período. Nações que não tinham nenhuma perspectiva de crescimento futuro, que viviam renegociando suas dívidas externas com os países de primeiro mundo.
Enquanto a Dona Florinda, que também é mãe do Quico, está representada na figura da burguesia falida nas décadas de 60 e 70. Assim como também, estes personagens podem ser interpretados como países que já foram grandes potências econômicas, mas faliram e mesmo assim mantinham a postura arrogante como se ainda pertencesse ao alto escalão mundial.
O personagem principal, Chaves, é a representação dos países pequenos das ilhas caribenhas que sofriam com a má distribuição de recursos e a falta de alimentos, isto é, nações que praticamente passavam fome e viviam da generosidade de seus vizinhos.
O esporte
Roberto Bolaños era um verdadeiro amante do esporte mais popular do Planeta Terra. E evidentemente não deixou de fora o futebol. Mas outros esportes como boxe, beisebol e até o futebol americano foram temas de alguns episódios de Chaves. O esporte foi introduzido no seriado humorístico com a abordagem de integralização social e com destaque relevante para o complemento da educação das crianças, por isso, em alguns momentos o professor Girafales entra em cena para ensiná-los o verdadeiro papel das modalidades esportivas. 
Em vários momentos, Chaves revela admiração por Pelé e sempre está disposto a disputar uma partida com Quico.
Relembre alguns momentos em que o futebol e outros esportes também foi contextualizado como papel social importante em episódios do Chaves:


Chaves jogou até futebol americano


O dia em que Chaves preferiu ver o filme do Pelé


Chaves como lutador de boxe


Chaves disputa uma partida de futebol com Godinez











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