Nos últimos anos, Corinthians, São Paulo e Santos abusaram
do poder de compra e apostaram altos valores em jogadores que eram e ainda são
promessas que não vingaram no futebol. Talvez, por esse motivo, ambos vivem
situações financeiras delicadas e sofrem com constantes atrasos de salários e
falta de recursos para contratarem.
Em 2012, O São Paulo desembolsou cerca de R$ 16 milhões para
tirar Paulo Henrique Ganso do Santos, porém com ajuda do grupo DIS, que
completou com mais R$ 7,9 milhões e ficou com 40% dos direitos econômicos do
camisa 10, tido como “maestro”. O fato positivo é que o jogador aceitou trocar
o time da baixada pelo da capital sem ganhar um salário de astro da bola e
assinou até o fim de 2017.
Segundo informações à época, Ganso chegaria recebendo cerca
de R$ 220 mil por mês.
No ano de 2013, após a conquista do título Mundial, o Corinthians adquiriu 70% dos direitos de Alexandre Pato junto ao Milan por R$ 42 milhões, contrato até o fim de 2016 e salários de R$ 800 mil por mês, mais R$ 40 mil de auxílio moradia.
Em dezembro de 2013, próximo ao Natal, o Santos, presidido por Odílio Rodrigues, emprestou do grupo maltês, Doyen Sports, R$ 42 milhões para pagar ao Internacional a contratação de Leandro Damião, sendo a mais cara da história do Peixe, pago em três parcelas durante a temporada de 2014. O Peixe terá até cinco anos para pagar a empresa esportiva com juros abaixo do mercado. O grupo de Malta espera receber do clube santista cerca de R$ 65 milhões pelo empréstimo.
Damião chegou ao Santos com salários de R$ 500 mil por mês e luvas de R$ 250 mil, com direito à premiação e etc.
Hoje, reflita sobre a situação dessas três contratações
milionárias e responda: quem se deu bem?
Depois que trocou o Santos pelo São Paulo, Ganso não foi
nenhuma vez convocado para a Seleção Brasileira e ganhou apenas um título:
campeão da Copa Sul-Americana, em 2012. Hoje Ganso é contestado como titular e
saiu vaiado pela torcida no último compromisso do Tricolor no Morumbi.
Atualmente Ganso é oferecido pelo São Paulo no mercado
internacional por cerca de R$ 15 milhões, sendo que o time do Morumbi só tem
direito a 40% desse valor, ou seja, R$ 6 milhões. Bom negócio?
Tratado como estrela do futebol mundial, Pato chegou até a
morar por alguns dias no CT Joaquim Grava até conseguir alugar uma casa na
cidade de São Paulo. O atacante não agradou a torcida do Corinthians e ao
técnico Tite na primeira temporada, embora tenha sido o vice artilheiro da
equipe. Mas a displicência na cobrança de pênalti defendida por Dida, então
goleiro do Grêmio, pela Copa do Brasil custou a eliminação da equipe alvinegra
do torneio. Resultado: Pato foi parar na reserva. Em 2014, o jogador também não
agradou a Mano Menezes, que o havia convocado para a Seleção Brasileira em
algumas oportunidades, ficou de fora de alguns jogos e foi parar no rival São
Paulo após ser envolvido numa troca por Jadson, atual camisa 10 do Corinthians.
No alvinegro, Pato ganhou o título Paulista e a Recopa Sul-Americana, ambos em 2013.
Jadson ficou em definitivo no time alvinegro, enquanto Pato
terá que retornar ao time do Parque São Jorge em janeiro de 2016. E o
Corinthians ainda paga R$ 400 mil de salário (a metade do que ganha o atacante)
e o aluguel da casa do atleta.
Até hoje, nenhuma proposta concreta chegou à mesa do
presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, que disse rezar uma vez por dia
ou até mais que uma vez ao dia para vender Alexandre Pato, que foi reserva no
São Paulo até a chegada do técnico Juan Carlos Osório.
Por fim, Leandro Damião não conseguiu emplacar no Santos.
Fez menos gols em 2014 que Gabigol, por exemplo. Além de ter sofrido com
algumas contusões.
Em 2015, sem ambiente no clube por causa da pressão da
torcida, foi emprestado ao Cruzeiro e tornou-se titular. O Peixe também paga a
metade dos salários de Damião, porém, atrasou alguns meses o que fez com que o
atacante acionasse o clube na justiça pedindo a rescisão do contrato.
No clube da baixada, o camisa 9 não foi chamado para
defender a Seleção Brasileira, sendo que no Internacional, Damião era presença
constante nas listas do time verde e amarelo, inclusive, jogou a Olimpíada de
2012, quando foi artilheiro.
Contudo, o clube da baixada precisa pagar as parcelas de R$
500 mil ao grupo Doyen Sports, que emprestou a grana da compra de Leandro
Damião. O jogador não ganhou nenhum título na Vila Belmiro.
Até hoje, o Santos também não recebeu nenhuma proposta do
futebol internacional para negociar o atacante.
Qual dessas contratações foi o pior negócio?
Os três foram ruins, mas a contratação de Leandro Damião
pelo Santos somado ao desempenho do atleta dentro das quatro linhas foi a pior
contratação de um clube de futebol. Foi o mesmo que pegar R$ 42 milhões e jogar
fora.
Agora pense e responda: qual foi a pior contratação dos
clubes paulistas?