segunda-feira, 29 de maio de 2017

Dica de leitura: "Vida"

Autobiografia de Keith Richards revela histórias curiosas
e desvendo os mitos sobre sua carreira
Sujeito icônico, inimigo número um da tecnologia, influenciou gerações com seu trabalho e fã de blues. Além de tudo isso, domina a guitarra e têm notas que somente as afinações dele conseguem atingir.

Autor de letras e melodias que entraram para a história como (I can't get no) Satisfaction, Start me up, Beast of Burden, Gimme Shelter, Jumping Jack Flash e tantas outras, Keith Richards, 73 anos, guitarrista dos Rolling Stones, lançou em 2010 a autobiografia “Vida”, escrita em parceria com o jornalista americano James Fox, traduzida e lançada no Brasil pela editora Globo.

Depois de sete anos do lançamento, eu tive a oportunidade de ler a obra. São mais de 600 páginas de histórias impressionantes que vão desde a infância de Keith, o início da amizade com Mick Jagger, as brigas com Brian Jones, fundador dos Stones, o envolvimento com drogas, prisões, sua relação conturbada com Anita Pallenberg até o envolvimento com os filhos e casamento com Patti Hansen. 

Richards garante que tudo o que está no livro é verdade, inclusive, ele teve até que se desculpar publicamente com Mick Jagger sobre os comentários impiedosos sobre o amigo que durante alguns anos foi também seu desafeto. O guitarrista disse que Mick sofria de Lead Singer Syndrome (em tradução livre Síndrome do Vocalista). 

A boa relação entre os dois na década de 60 e 70 tornou-se um misto de disputa por ego e vaidade que atrapalhou a banda durante as décadas de 80 e 90, contudo manteve a dupla "Glimmer Twins" afinada. 

Keith definiu o período como "Guerra Fria", mas pelo o que tudo indica, se reconciliaram em 2013, depois da retratação do guitarrista.

Em 2016, já em paz depois do período turbulento, a dupla relembrou os tempos em que moraram juntos em um apartamento em Londres: 





Essa história também é detalhada por Keith em sua autobiografia. 

Após o término do livro é possível concluir que Richards não tem sete vidas. Ele deve ter muito mais, pois sofreu inúmeros acidentes, além de revelar todo seu envolvimento com drogas, bebidas, dias seguidos sem dormir trancado no estúdio gravando e compondo, além da sua relação conflitante com a polícia dos países onde morou. Uma vida insalubre, sem nenhuma dúvida.

Richards não esqueceu de esclarecer alguns mitos sobre sua vida, como o que fez com as cinzas de seu pai e a tão falada troca de sangue na Suíça durante um tratamento de desintoxicação para se livrar das drogas.

Ao longo das histórias, Keith desmistifica algumas lendas em torno de suas músicas e revela como acontecia o processo de criação, composição e gravação de clássicos como Happy, Tumbing Dice, Honky Tonk Women (que nasceu como Country Honky composta no Brasil) e Before they make me run (uma canção em referência ao seu julgamento em Toronto, no Canadá). 

Quem gosta de boas histórias e quer uma leitura divertida do início ao fim, pode ler “Vida” que não irá se arrepender.

Os fãs dos Stones se orgulham ainda mais do ídolo imortal. 

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Estádios por onde andei: Moisés Lucarelli, em Campinas

Neste ano de 2017 eu tive a oportunidade de conhecer mais um estádio. Dessa vez foi a casa da Ponte Preta, em Campinas, o Moisés Lucarelli, na partida em que o time do interior de São Paulo venceu o Palmeiras por 3 a 0 pelo jogo de ida da fase semi final do Campeonato Paulista.

Narrei essa partida pela equipe Gol de Placa da rádio Nova Estação FM, de Franco da Rocha, com os comentários de Samara Gomes e reportagem de Fábio Augusto.



Estádio Moisés Lucarelli ainda vazio por volta das 11h45 da manhã


Em 1900 um grupo de alunos do Colégio Culto à Ciência passava suas tardes jogando bola em campos improvisados de um bairro de nome curioso: Ponte Preta, na cidade de Campinas.

A vizinhança foi batizada em virtude de uma ponte de madeira feita pela ferrovia e que, para ser melhor conservada, havia sido tratada com piche.


Os jovens alunos do colégio no  dia 11 de agosto resolveram fundar um clube e não tiveram dúvidas ao nomeá-lo com o mesmo nome do bairro. Assim surgiu a Associação Atlética Ponte Preta, o primeiro clube do Brasil em funcionamento ininterrupto. O time de futebol mais velho do país. 


Lado externo do estádio Moisés Lucarelli

Ainda faltavam quatro horas para o início da partida, mas as equipes de televisão já tinham terminado a montagem de seus equipamentos do lado de fora do estádio. Nesse momento começam a regulagem de som e os testes dos satélites. 

Aquela imagem linda que você recebe em seu aparelho de televisão é resultado de horas de trabalho de muitos profissionais que chegam cedo nos estádios e são os últimos a saírem. 



Bastidores da montagem dos equipamentos de rádio


Os operados de rádio também são os primeiros a chegarem no local da transmissão para montagem dos equipamentos e testes de som. 


Cabines de rádio no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas

Diferente das novas Arenas, o estádio Moisés Lucarelli possui cabines de rádio improvisadas nessa bancada da imagem acima, pois por se tratar de um jogo de semi final do torneio estadual, muitas emissoras estiveram presentes. 



Corredor das cabines de rádio

Além das emissoras de rádios, nessa bancada algumas câmeras de televisão são instaladas para captura de imagens. 


Cabine de transmissão da rádio Nova Estação FM, no estádio Moisés Lucarelli



Na imagem acima, a cabine da rádio Nova Estação FM e meu material de transmissão. Note que a distância entre o local de trabalho e os torcedores é mínima, o que por um lado é bom, pois você fica mais perto da torcida e é possível sentir o clima do jogo, porém, por outro lado, é péssimo quando os torcedores se irritam com a imprensa e podem invadir a cabine sem nenhuma dificuldade. 




Samara Gomes (comentarista), Fábio Augusto (repórter) e Vander Felipe (narrador)

O estádio Moisés Lucarelli foi inaugurado oficialmente em 12 de setembro de 1948, mas anos antes os amigos Olímpio Dias Porto, José Cantúsio e Moyses Lucarelli (isso mesmo, a grafia da época era com y e não com i) reuniram dinheiro para comprar um terreno onde sonhavam construir um grande estádio para seu time. 

João Burghi, um dos patronos da Associação Atlética Ponte Preta, foi o criador do escudo alvinegro. Descendente de alemães, Burghi foi influenciado pelos escudos das equipes de futebol germânicas do início do século XX. 

Diversos escudos alemães eram muitos semelhantes ao design elaborado por ele para a Ponte Preta, em especial os de times das regiões de Hamburgo e Berlim. 

Nos anos de 2000, o escudo teve oficialmente inserido sobre ele a data da fundação, 11.08.1900, reforçando o fato de a equipe ser a primeira do Brasil criada como time de futebol e em funcionamento ininterrupto.







Confira um resumo da história e dos bastidores dessa transmissão no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. 




sexta-feira, 5 de maio de 2017

Dica de filme: 23 anos em sete segundos

Em 2017 completa 40 anos da histórica final do Campeonato Paulista de 1977 entre Corinthians e Ponte Preta, jogo em que marcou a quebra de um tabu de 23 anos sem título da equipe corinthiana.

O gol de Basílio tirou o alvinegro da longa fila e imortalizou o camisa oito, que ganhou o apelido de "pé de anjo". 

Depois de quatro décadas novamente essas duas equipes se reencontram na final do torneio estadual. 

No Paulistão desse ano, o Corinthians escolheu o meio campista Jadson para usar a camisa 77 por conta das comemorações de 40 anos do título mais comemorado da história do clube. 

Por isso, o blog sugere que você assista o documentário "23 anos em 7 segundos - O fim do jejum corinthiano", filme de 2009 sobre a histórica conquista e que reúne depoimentos de jogadores, ídolos do clube, torcedores e jornalistas que vivenciaram esse momento. 







Direção: Di Moretti e Julio Xavier
Produção executiva: Ricardo Aidar
Roteiro: Di Moretti
Locução original dos jogos: Osmar Santos
Trilha sonora: Alexandre Guerra
Produção: Cássio Mattos e Rafael Pinto

Vander Felipe. Tecnologia do Blogger.

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