terça-feira, 15 de julho de 2014

Copa do Mundo: a grande aula da minha vida

A Copa do Mundo do Brasil foi a grande aula que eu tive na minha vida. Não esperava que tudo funcionasse e que o evento seria bem organizado.  Imaginava muitos problemas no transporte público, transtornos com as telecomunicações, caos nos estádios e, sobretudo, diversos problemas de segurança pública. Graças a Deus nada disso aconteceu. Tudo ocorreu dentro da normalidade. Talvez fosse até um pouco de ingenuidade minha, pois pela primeira vez tive a oportunidade de vivenciar o Mundial de Seleções.

Evidentemente que um problema ou outro aconteça, afinal, não existe nenhum grande evento perfeito. A perfeição é algo muito difícil de atingir, e o Brasil chegou quase lá.

Dentro de campo jogos memoráveis. Muitos gols. E a sensação de ver as partidas mais empolgantes de todas as Copas. Incrível!

O povo latino-americano, sobretudo, os brasileiros deram show nos estádios. Cantaram, torceram pelas suas seleções favoritas e mantiveram a paz nas arenas. No entanto, a torcida brasileira marcou um gol contra quando vaiou o hino nacional de Espanha e Chile. Faltou respeito.

Como jornalista fiz o que pude para participar do evento. A rádio Trianon, emissora na qual eu trabalho, não possuía os direitos de transmissão, então eu não podia entrar nos estádio, áreas oficiais da FIFA e etc. Mas consegui a credencial do Centro de Mídia Aberto (CAM), que foi criado pelo governo federal para atender os jornalistas que não foram aos estádios.  

Então pude criar matérias e colocar a criatividade em prática com o que tinha à disposição.
Fui aos arredores da Arena Corinthians horas antes do duelo entre Uruguai e Inglaterra e entrevistei torcedores de ambas as seleções. Também colhi os depoimentos de brasileiros que curtiam o evento, moradores da região de Itaquera e até de argentinos e mexicanos que foram prestigiar a partida.

Durante o jogo fiquei na Fan Fest, no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, onde tantos outros torcedores acompanhavam a vitória do Uruguai por 2 a 1 sobre o english team.

Desse “passeio” por São Paulo saíram várias pautas. Muitas curiosidades e temas que envolvem a Copa do Mundo.

Nos outros jogos procurei assistir, anotar, colher dados, analisar e principalmente interagir nas redes sociais para saber o que a galera está pensando sobre determinado assunto. Pesquisar os sites internacionais sobre a repercussão do evento também é fundamental para criar ideias novas e ter uma noção do que os estrangeiros estão pensando sobre o Brasil.

Acredito que eu aprendi muito durante os 30 dias de Copa do Mundo. Muito mais do que em três anos na universidade, pois o que se aprende na academia não representa nem 20% da realidade do jornalista por causa de inúmeros problemas na educação do país, que atinge também o nível superior, e não vale a pena listá-los aqui. Vamos deixar para outra oportunidade.

A experiência de conviver com pessoas de outras nacionalidades durante esses dias, conversar com jornalistas de outros países e outros estados brasileiros contribuiu para o meu aprendizado na vida profissional. Experiência incrível que eu quero repetir nos Jogos Olímpicos de 2016.

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