sábado, 6 de dezembro de 2014

Dica de filme: "Eu acredito! A América em Preto e Branco"

O torcedor do Atlético-MG certamente não vai esquecer tão cedo tudo o que aconteceu na temporada de 2013. Comandada por técnico com fama de pé frio, o time de Cuca conseguiu um feito inédito para a história do Galo mineiro: a conquista da Copa Libertadores da América. 

Além disso, a equipe de Minas Gerais também resgatou o bom futebol de Ronaldinho Gaúcho, que foi o protagonista da campanha alvinegra. 

Confira como foi a conquista da América pelo Atlético-MG:


Dica de filme: "Uma República louca por ti"

No último dia 4/12/2014 completou três anos da conquista do pentacampeonato Brasileiro do Corinthians sobre o rival Palmeiras no estádio do Pacaembu. 

Na mesma data, o torcedor alvinegro viva um dia de luto pela perda de um grande ídolo: Doutor Sócrates. 

A partida terminou empata em 0 a 0 e o alvinegro faturou o quinto título nacional, o segundo na era por pontos corridos. 

Confira como foi a saga corinthiana na temporada de 2011 no documentário "Uma República louca por ti". 


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Chaves: filosofia, crítica social e futebol

Na última sexta-feira, 28/11/2014, fui pego de surpresa por uma notícia triste: falecia Roberto Gomez Bolaños, o ator mexicano que interpretou Chaves e alegrou inúmeras vezes às tardes em que eu chegava da escola e almoçava assistindo o seriado. Quem nunca assistiu Chaves? Não há um brasileiro que nunca tenha visto pelo menos um episódio do seriado mais famoso do País.
Chaves para mim não foi apenas um humorístico, mas sim, aulas de filosofia e sociologia, no qual, a crítica estava embasada em mensagens subliminares que passam desapercebidas pelos mais desatentos espectadores. Não é à toa que o seriado ainda faz tanto sucesso entre diferentes gerações que se divertem com a “gentalha” que mora na Vila do “Seu Barriga”.
Bolaños escreveu Chaves inspirado na história do filósofo Diógenes Laércio, pós-socrático, nascido em 413 A.C., que vivia pelas ruas de Atenas perambulando com uma lanterna procurando o saber e morava dentro de um barril. Diógenes dependia de esmolas que moradores de um cortiço lhe davam para sobreviver. Ele optou por esse estilo de vida para ser livre e dizer o que realmente pensa.
E Chaves, no seriado, é a única pessoa livre na Vila. O único que realmente diz o que pensa sem temer represálias desse ou daquele.
Além desse contexto filosófico que cerca do seriado, Chaves, também pode ser interpretado, do ponto de vista da sociologia, como a representação do momento político-financeiro em que vivia a América Latina nas décadas de 60 e 70. Por isso, para entender as críticas no humorístico é necessário compreender a época de sua gravação.
Cada personagem representa um país ou uma região da América.
O dono da Vila, Seu Barriga, é o dono do capital, ou seja, quem detém o poder e os meios de produção. Ninguém consegue, se quer, pintar a Vila sem a ciência do capitalista em questão.
O inquilino endividado da Vila, Seu Madruga, é a representação de países como o México e o Brasil naquele período. Nações que não tinham nenhuma perspectiva de crescimento futuro, que viviam renegociando suas dívidas externas com os países de primeiro mundo.
Enquanto a Dona Florinda, que também é mãe do Quico, está representada na figura da burguesia falida nas décadas de 60 e 70. Assim como também, estes personagens podem ser interpretados como países que já foram grandes potências econômicas, mas faliram e mesmo assim mantinham a postura arrogante como se ainda pertencesse ao alto escalão mundial.
O personagem principal, Chaves, é a representação dos países pequenos das ilhas caribenhas que sofriam com a má distribuição de recursos e a falta de alimentos, isto é, nações que praticamente passavam fome e viviam da generosidade de seus vizinhos.
O esporte
Roberto Bolaños era um verdadeiro amante do esporte mais popular do Planeta Terra. E evidentemente não deixou de fora o futebol. Mas outros esportes como boxe, beisebol e até o futebol americano foram temas de alguns episódios de Chaves. O esporte foi introduzido no seriado humorístico com a abordagem de integralização social e com destaque relevante para o complemento da educação das crianças, por isso, em alguns momentos o professor Girafales entra em cena para ensiná-los o verdadeiro papel das modalidades esportivas. 
Em vários momentos, Chaves revela admiração por Pelé e sempre está disposto a disputar uma partida com Quico.
Relembre alguns momentos em que o futebol e outros esportes também foi contextualizado como papel social importante em episódios do Chaves:


Chaves jogou até futebol americano


O dia em que Chaves preferiu ver o filme do Pelé


Chaves como lutador de boxe


Chaves disputa uma partida de futebol com Godinez











quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A caverna do futebol brasileiro


Após três meses do vexame da Seleção Brasileira na Copa do Mundo ainda reluto para entender o que foi o tal do “apagão” de 15 minutos contra a Alemanha e as sete bofetadas que tomamos. Além disso, ainda teve o chororô antes, durante e depois do duelo contra os chilenos. Mas para tentar ao menos compreender a catástrofe verde e amarela no Mundial, que tal se atentar ao que está acontecendo no futebol praticado no exterior?
Enquanto clubes europeus propagam suas marcas e exploram o mercado americano, que finalmente se abriu para o soccer, com amistosos e ações de marketing em conjunto, os clubes brasileiros estão patinando com estaduais mixurucas, lutando por uma pré-temporada decente, chorando por migalhas e implorando o “perdão” da dívida com o Governo Federal, cujo somatório ultrapassa os R$ 3 bilhões.
A falta de verba inviabiliza ações fora do continente e o complexo de vira-lata do eterno Nelson Rodrigues segue mais vivo do que nunca.   
Enquanto isso... Gol da Alemanha!
O fair-play financeiro, uma das bandeiras levantadas pelo movimento Bom Senso FC, diz que até 70% da arrecadação de um time pode ser destinada ao pagamento da folha salarial, incluindo não só o departamento de futebol, mas todo o clube. Há equipes, entretanto, que gastam além. É o famoso “dar o passo maior que a perna”. De acordo com o último levantamento da Universidade do Futebol, tem equipe que gasta até 120% da sua arrecadação com folha de pagamento, ou seja, um rombo terrível!  Uma bola de neve que nunca terá fim!
Até quando continuaremos enfiados na caverna procurando a luz do fim do túnel? E não precisa ser nenhum gênio para saber que não se deve gastar mais do que se arrecada. Basta ter a mínima noção de administração, o que não é muito difícil. Com certeza o senhor ou a senhora aprendeu isso sem ter que frequentar a escola de administração.
É necessário que o dirigente brasileiro tenha mais responsabilidade para administrar. A profissionalização da gestão dos clubes é mais do que óbvia no cenário atual.
Enquanto isso... Mais um gol da Alemanha!
A renegociação da dívida com o governo não pode servir apenas como abertura de espaço para que ela seja ampliada. É necessário impor limites. Diante do panorama atual, só temos a perder. O “apagão” dura quase 50 anos, pois paramos no tempo e vemos dirigentes comandando times como nos tempos em que se amarrava cachorro com linguiça. Puro amadorismo. Por isso, hoje, talvez, não estejamos entre as potências do futebol mundial e nosso principal campeonato de clubes é inexpressivo comercialmente.
Continuamos dentro da caverna futebolística brasileira, quase igual àquela imaginada por Platão, esperando uma luz que ilumine o pensamento atrasado dos dirigentes brasileiros. O último que sair, por favor, apague a luz.

Ih....Mais um gol da Alemanha!   

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Os lances mais engraçados do futebol

Quando você acha que já viu de tudo no futebol, sempre acontece algo novo. O goleiro que joga a bola pro funda das redes após praticar a defesa; tem o bandeirinha que que sai pintando com o spray o campo; tem até camisa 9 artilheiro que perde gol sem goleiro; enfim, cenas inusitadas que só acontecem no dia a dia da prática esportiva.

 Confira os lances mais engraçados que ocorreram na temporada de 2012. 





E não foi apenas em 2012 que aconteceram lances engraçados. O futebol proporciona cenas inusitadas e imagens pitorescas que alegram os internautas de plantão.




Mas não para por aí! Você acha que já viu de tudo? Se respondeu sim, você está redondamente enganado. Veja com atenção esses momentos bisonhos do futebol mundial e perceba que há jogadores que não sabem nem simular uma falta.




Tem muito mais:




Em sua opinião, qual foi o lance mais engraçado que você já viu no futebol?

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dica de filme: “O mercado de notícias”

O documentário roteirizado e dirigido por Jorge Furtado conta a história da imprensa no Brasil desde o surgimento até os dias atuais intercalando depoimentos de treze importantes jornalistas brasileiros com trechos da peça “The Staple of News”, escrita pelo inglês Bem Jonson em 1625, ano da origem do jornalismo em 94 minutos de duração. Bob Fernandes, Cristiana Lôbo, Fernando Rodrigues, Geneton Moraes Neto, Janio de Freitas, José Robert Toleto, Luís Nassif, Leandro Fortes, Paulo Moreira Leite, Maurício Dias, Mino Carta, Raimundo Pereira e Renata Lo Prete são os entrevistados que contam suas histórias, experiências e analisam a cobertura jornalística atual, sobretudo, a questão do “novo jornalismo” e a internet.

 “The Staple of News”

A comédia foi escrita por Ben Jonson em 1625, montada e encenada especialmente para a produção do filme, revela sua espantosa visão crítica, capaz de perceber na imprensa de notícias, recém-nascida, uma invenção de grande poder e grandes riscos.

Confira o trailer oficial do filme:




Mais detalhes você encontra no site www.omercadodenoticias.com.br

sábado, 9 de agosto de 2014

Dica de leitura: "Para entender a violência no futebol"

O futebol é reflexo da sociedade? Como funcionam as torcidas organizadas? Qual o papel delas nos estádios de futebol? Essas respostas estão no livro “Para entender a violência no futebol”, do sociólogo Maurício Murad, especialista no tema, que trata a violência no esporte mais praticado no mundo como reflexo da falta de investimento em áreas como educação, políticas públicas e segurança, além de abordar assuntos no âmbito da popularização do futebol pelo mundo.




Na obra o autor também aborda a expansão das torcidas organizadas e a utilização dos meios tecnológicos para se organizarem e marcarem encontros. Mas esse não é um fenômeno recorrente apenas no futebol brasileiro, infelizmente, a violência está presente no mundo todo, porém, com algumas diferenças: leis duras para infratores, reforço na segurança e até punição para os clubes. 

Dica de leitura: "Um time de primeira"


Trazido pelos ingleses para o Brasil a mais de um século, o futebol é a principal paixão do brasileiro, capaz de integrar socialmente milhões de pessoas e com caráter pedagógico, sobretudo, por causa da capacidade de servir como um dos meios que contribui para a educação do indivíduo.

A obra “Um time de primeira” reúne diversas crônicas dos maiores escritores da história do Brasil como Luís Fernando Veríssimo, Lima Barreto, Vinícius de Moraes, Mário Filho, Rubem Fonseca, Mário de Andrade e Nelson Rodrigues, que tabelam com o leitor com bom humor, curiosidades, histórias e acontecimentos inusitados.

No livro, é possível perceber toda evolução do esporte no Brasil, que era praticado com amadorismo no início do século 20, mas evoluiu e tornou-se profissional.

É uma leitura imperdível para o fã do futebol.


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Rivelino desaprova Dunga no comando da Seleção e pede mudança de mentalidade no futebol brasileiro

Palavra de Campeão do Mundo tem muita relevância, não é mesmo? E se tratando de Rivelino tem mais ainda.

O ex-camisa 10 do Corinthians recebeu uma homenagem do presidente Mário Gobbi antes do clássico contra o Palmeiras, na Arena Corinthians, junto com o também ex-jogador Tião. 


Créditos: Vander Felipe


Rivelino comentou sobre a emoção de receber uma homenagem no primeiro clássico no novo estádio do Timão, porém, aproveitou para analisar outros temas inerentes ao futebol. Riva, reprova a escolha de Dunga como técnico da Seleção Brasileira e Gilmar Rinaldi como coordenador de Seleções.

Ouça a entrevista na íntegra com jogador Campeão do Mundo com o Brasil na Copa de 70:


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dica de filme: "Maradona, a vida de um gênio do futebol"

Esse documentário retrata como foi a vida do argentino Diego Armando Maradona dentro e fora de campo. Genialidade dentro das quatro linha e muita polêmica no dia a dia. 

Gol com "a mão de Deus", problemas com peso, brigas, transferências de clubes polêmicas e o trágico problema com as drogas são alguns dos temas tratados no documentário sobre a vida do craque argentino, que é idolatrado pelo seu povo. 

Quem é fã do futebol não pode deixar de assistir. 

domingo, 20 de julho de 2014

Os 16 gols do maior artilheiros em Copas

O camisa 11 da Alemanha, Miroslav Klose, aos 36 anos de idade, se tornou na Copa do Mundo do Brasil o maior artilheiro da história de todos os mundiais com 16 gols. 

O primeiro tento foi anotado na Copa do Mundo de 2002 e a vítima foi a Seleção da Arábia Saudita. Depois, o artilheiro deslanchou e entrou para a história do futebol mundial.

Klose nasceu na cidade polonesa de Opole e se mudou com a família para a Alemanha quando ainda era criança. 

Depois de uma passagem pelo Homburg, o atacante se transferiu para o Kaiserslautern, onde estreou no ano 2000. Desde então, a sua carreira entrou em ascensão contínua. Klose foi artilheiro do Campeonato Alemão 2005/2006 e na temporada seguinte se transferiu para o Bayern de Munique. Em 2011, o goleador decidiu mudar de ares e assinou contrato com a Lazio, seu clube atual.

Na Seleção da Alemanha, Klose estreou em 2001 contra a Albânia e marcou de cabeça na vitória por 2 a 1. 

Além da Copa do Mundo de 2002, o atacante alemão também jogou as Copas de 2006, 2010 e 2014.

Confira os 16 gols de Klose em Copas do Mundo:





Qual gol você achou mais bonito?

terça-feira, 15 de julho de 2014

Copa do Mundo: a grande aula da minha vida

A Copa do Mundo do Brasil foi a grande aula que eu tive na minha vida. Não esperava que tudo funcionasse e que o evento seria bem organizado.  Imaginava muitos problemas no transporte público, transtornos com as telecomunicações, caos nos estádios e, sobretudo, diversos problemas de segurança pública. Graças a Deus nada disso aconteceu. Tudo ocorreu dentro da normalidade. Talvez fosse até um pouco de ingenuidade minha, pois pela primeira vez tive a oportunidade de vivenciar o Mundial de Seleções.

Evidentemente que um problema ou outro aconteça, afinal, não existe nenhum grande evento perfeito. A perfeição é algo muito difícil de atingir, e o Brasil chegou quase lá.

Dentro de campo jogos memoráveis. Muitos gols. E a sensação de ver as partidas mais empolgantes de todas as Copas. Incrível!

O povo latino-americano, sobretudo, os brasileiros deram show nos estádios. Cantaram, torceram pelas suas seleções favoritas e mantiveram a paz nas arenas. No entanto, a torcida brasileira marcou um gol contra quando vaiou o hino nacional de Espanha e Chile. Faltou respeito.

Como jornalista fiz o que pude para participar do evento. A rádio Trianon, emissora na qual eu trabalho, não possuía os direitos de transmissão, então eu não podia entrar nos estádio, áreas oficiais da FIFA e etc. Mas consegui a credencial do Centro de Mídia Aberto (CAM), que foi criado pelo governo federal para atender os jornalistas que não foram aos estádios.  

Então pude criar matérias e colocar a criatividade em prática com o que tinha à disposição.
Fui aos arredores da Arena Corinthians horas antes do duelo entre Uruguai e Inglaterra e entrevistei torcedores de ambas as seleções. Também colhi os depoimentos de brasileiros que curtiam o evento, moradores da região de Itaquera e até de argentinos e mexicanos que foram prestigiar a partida.

Durante o jogo fiquei na Fan Fest, no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, onde tantos outros torcedores acompanhavam a vitória do Uruguai por 2 a 1 sobre o english team.

Desse “passeio” por São Paulo saíram várias pautas. Muitas curiosidades e temas que envolvem a Copa do Mundo.

Nos outros jogos procurei assistir, anotar, colher dados, analisar e principalmente interagir nas redes sociais para saber o que a galera está pensando sobre determinado assunto. Pesquisar os sites internacionais sobre a repercussão do evento também é fundamental para criar ideias novas e ter uma noção do que os estrangeiros estão pensando sobre o Brasil.

Acredito que eu aprendi muito durante os 30 dias de Copa do Mundo. Muito mais do que em três anos na universidade, pois o que se aprende na academia não representa nem 20% da realidade do jornalista por causa de inúmeros problemas na educação do país, que atinge também o nível superior, e não vale a pena listá-los aqui. Vamos deixar para outra oportunidade.

A experiência de conviver com pessoas de outras nacionalidades durante esses dias, conversar com jornalistas de outros países e outros estados brasileiros contribuiu para o meu aprendizado na vida profissional. Experiência incrível que eu quero repetir nos Jogos Olímpicos de 2016.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Dica de filme: "Garrincha alegria do povo"

Garrincha imortalizou a camisa 7 do Botafogo e da Seleção Brasileira. Ao lado de Pelé, é considerado pelos mais antigos um dos maiores jogadores de futebol da história.

"Mané", que era o apelido de Garrincha, jogou em uma época de muitas dificuldades para o esporte brasileiro, pois após a perda do título da Copa do Mundo de 1950 no Maracanã, no episódio que ficou marcado como "Maracanazzo", a pressão para vencer um título mundial era muito grande. E Garrincha soube, como poucos, superar todas as diversidades e comandou o Brasil na conquista da Copa do Mundo de 1958 e 1962.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Dica de filme: "O casamento de Romeu x Julieta"

O filme aborda o tema Shakespeariano do amor impossível entre dois jovens torcedores de equipes rivais. 

Julieta é uma torcedora palmeirense e seu pai, diretor do clube, não admite que a filha namore alguém que torça por outro time. 

Romeu, corinthiano roxo, conhece Julieta e faz o impossível para conquistar a bela e sua família.

sábado, 28 de junho de 2014

Futebol é sinônimo de emoção

A derrota começou antes dos 90 minutos. A torcida brasileira, que estava dando um show na Copa do Mundo, decepcionou com as vaias ao hino da nação do Chile.

Hino não se vaia, se respeita.

É questão de educação. Vaiar o hino é demonstrar falta de respeito à nação que sofreu por muitos anos com a repressão, a ditadura, sofreu com um terremoto que devastou o país e tem no futebol uma maneira de união nacional representada por sua melhor geração de todos os tempos nesta edição de Copa do Mundo.

Fiquei envergonhado. Não precisava vaiar o hino chileno. Deselegância absoluta, aliás, cadê o fair-play? #issonãosefaz


Torcida brasileira vaiou gratuitamente o hino chileno
Créditos: Danilo Borges / Portal da Copa


A vaia ao hino chileno, claramente, motivou a equipe comandada por Jorge Sampaoli, que por sua vez, lutou com alma e coração durante os 90 minutos e nos 30 da prorrogação diante do time verde e amarelo, além de nos dar uma aula de tática.

O time bem armado taticamente, com garra e muita dedicação consegue se impor contra o oponente com qualidade técnica superior, no caso, o Brasil.


Chilenos não deram bola às vaias da torcida brasileira e cantaram com determinação o hino
Créditos: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil


O Chile respondeu às vaias com respeito, com raça, dedicação e garra em cada bola dividida. A equipe de Vidal, Aránguiz, Sanchez, Vargas e etc., ganhou o jogo, mas perdeu a vaga.

A equipe brasileira saiu de campo com sentimento de que ficou devendo. Sabe das lições que deve levar para o restante do mundial, se quiser lutar pelo título.

Contudo, o futebol mais uma vez mostrou o quanto é emocionante e gostoso de acompanhar. Até aqueles chatos de plantão que criticaram a realização da Copa no Brasil, aqueles “malas” que adoram criticar o esporte da massa, acabam se contagiando com a emoção de uma partida como Brasil e Chile fizeram.

Os comandados de Sampaoli não contavam que teriam pela frente um arqueiro tão empenhado, aguerrido e determinado como Júlio César.


Júlio César foi eleito o melhor jogador em campo pela FIFA
Créditos: Rafael Ribeiro / CBF


O choro do camisa 12 do time brasileiro antes das penalidades era a tradução do filme que se passava na memória do goleiro, que sofreu com a eliminação quatro anos atrás na África do Sul, e via  de perto o cenário se repetir. Coube a ele se redimir dos erros contra a Holanda, em 2010, e salvar a pátria verde e amarela contra o Chile.


Créditos: Rafael Ribeiro / CBF



Cada lágrima de Júlio César transformava em garra e determinação para defender cada penalidade.

Parecia até que Júlio previa que seria o herói do confronto.

Após a concretização da vitória por pênaltis, o choro se repetiu, porém, com sensação de alívio por tirar das costas o peso de uma nova eliminação.


Choro de Neymar é o alívio pela classificação e a sensação de que poderia ter feito mais, porém ficou devendo
Créditos: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil


Para os céticos de plantão pode parecer coisa de gente mole, de quem não tem personalidade, coisa de pessoa fraca ou até falta de profissionalismo, mas só quem vive o dia a dia do futebol pode entender o porquê do choro de Júlio César e de outros atletas brasileiros. No caso do arqueiro a sensação de dever cumprido. Para os demais sensação de que ficaram devendo.


Créditos: Rafael Ribeiro / CBF


O time brasileiro pode produzir muito mais, entretanto, é necessário ter como base o espírito coletivo que Chile, Holanda, Alemanha, Uruguai e Colômbia demonstraram até aqui. A soberba e o individualismo são facilmente superados por equipes bem montadas.

Futebol não é só estratégia, tática, números, retrospecto e tradição. A malícia, a “malandragem” (no bom sentido), a garra, a determinação, a imposição dentro de campo também fazem a diferença.


terça-feira, 24 de junho de 2014

A história da camisa 9 do Brasil em Copas do Mundo



O centroavante Fred é o 14º jogador a usar a camisa 9 do Brasil em uma Copa do Mundo.

A história começou na Copa de 1950, no Brasil, ano em que a numeração passou a ser adotada.

Naquela ocasião, a camisa 9 ela usada pelo lateral-esquerdo Bigode, que não marcou gol na Copa de 50.

O primeiro atleta a marcar com a camisa 9 do Brasil foi Baltazar, no Mundial de 1954.

Confira a lista de todos que vestiram a 9 da Seleção em Copas do Mundo e observe que não foi só centroavante que vestiu essa camisa amarelinha, além disso, Ronaldo, que foi camisa 9 nas Copas de 98, 2002 e 2006 (em 94 o fenômeno vestia a 20) foi o jogador que mais fez gols em Copas:

1950 – Bigode (não marcou) – lateral-esquerdo
1954 – Baltazar (1 gol) - atacante
1958 – Zózimo (não marcou) - zagueiro
1962 – Coutinho (não marcou) - atacante
1966 – Rildo (1 gol) – lateral-esquerdo
1970 – Tostão (2 gols) - atacante
1974 – César (não marcou) - atacante
1978 – Reinaldo (1 gol) - atacante
1982 - Serginho Chulapa (2 gols) - atacante
1986 – Careca (5 gols) - atacante
1990 – Careca (2 gols) - atacante
1994 – Zinho (não marcou) - meia
1998 – Ronaldo (4 gols) - atacante
2002 – Ronaldo (8 gols) - atacante
2006 – Ronaldo (3 gols) - atacante
2010 – Luis Fabiano (3 gols) - atacante

2014 – Fred (1 gol até o fim da primeira fase) – atacante






segunda-feira, 23 de junho de 2014

Os 10 maiores frangos de goleiros em Copas do Mundo

Ser goleiro parece castigo. É o único jogador autorizado a pegar a bola com as mãos dentro de uma área determinada, joga com o uniforme diferente de todo mundo, assiste ao jogo de longe, quase não é ouvido, precisa orientar a defesa, ter a confiança de seus companheiros, ouve xingamentos dos torcedores, treina separadamente de todos, precisa até de um treinador especial, além de ser condenado a defender uma penalidade quando algum companheiro de time comete uma falta dentro da sua grande área.

Goleiro dificilmente marca gol. Tem que ser um homem de elástico e é o único que não pode errar. 

O arqueiro pode ser herói (se garantir uma vitória com lindas defesas) ou pode ser vilão (se errar num momento crucial). Vida complicada. E quando toma um frango fica marcado para sempre.

Fizemos uma lista com os 10 maiores frangos de goleiros em Copas do Mundo. Confira:

Laurent di Lorto, França 1 x 3 Itália - Copa 1938 - Quartas de Final


Vilem Schrojf, Tchecoslováquia 1 x 3 Brasil - Copa 1962 - Final


Muamba Kazadi - Zaire 0 x 3 Brasil -  Copa 74 - Primeira Fase


Ramon Quiroga - Peru 0 x 3 Brasil - Copa 78 - Segunda fase


Waldir Peres - Brasil 2 x 1 URSS - Copa 82 - Primeira fase


Nery Pumpido - Argentina 0 x 1 Camarões - Copa 90 - Primeira fase


Andoni Zubizarreta - Espanha 2 x 3 Nigéria - Copa 98 - Primeira fase


Andreas Koepke - Alemanha 2 x 2 Iugoslávia - Copa 98 - Primeira fase


Robert Green - Inglaterra 1 x 1 EUA - Copa 2010 - Primeira fase


Akinfeev - Coreia do Sul 1 x 1 Rússia - Copa 2014 - Primeira fase

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Clima de Copa é assim...

Todo mundo fala a mesma língua: futebol.

A Copa do Mundo tem o poder de unir as nações do planeta Terra durante os 30 dias de evento. 

É incrível! 

Na cidade de São Paulo aconteceu na última quinta-feira, 19/06/2014, a partida entre Inglaterra x Uruguai, na Arena Corinthians. 

Dentro de campo, vitória celeste por 2 a 1 e um jogo muito bom que envolvia dois campeões mundiais. 

Mas fora de campo clima de paz, tranquilidade, festa e muita descontração com os torcedores de ambos os times.


Créditos: Vander Felipe
Logo na saída do metrô muitos torcedores procuravam cambistas para comprar ingressos. Ingleses, uruguaios, argentinos, nigerianos e brasileiros capazes de pagarem qualquer quantia para ter o privilégio de assistir um clássico mundial na Copa.

Créditos: Vander Felipe

Nos arredores da Arena Corinthians torcedores ingleses fizeram dos bares da região seus pubs para acompanharem os jogos, pois havia muita gente sem ingresso fora do estádio.

Os uruguaios só queriam festejar, cantar e curtir o clima de Copa do Mundo. Com a ajuda de alguns torcedores brasileiros que também seguiam para o jogo soltaram a voz. Ouça:



Créditos: Vander Felipe
Tudo junto e misturado! Ingleses e uruguaios criaram um clima amistoso nos bares da região de Itaquera durante a partida da Copa do Mundo. 

Créditos: Vander Felipe

Essa imagem dessas duas crianças dispensa qualquer tipo de comentário. Sensacional!

Créditos: Vander Felipe

Na Copa do Mundo tem de tudo! Esse torcedor não estavam nem aí para o jogo, o que ele mais queria era cornetar geral.

Créditos: Adriana Santana

Entre idas e vindas nos arredores da Arena Corinthians conversei com Maximiliano, torcedor do Nacional do Uruguai e grande figuraça. Não sei se ele foi irônico, mas elegeu o Marcelo como o principal jogador do Brasil. 

Ouça o bate papo que eu tive com esse torcedor uruguaio antes do certame Inglaterra 1 x 2 Uruguai.


Créditos: Vander Felipe
O jogo era Inglaterra x Uruguai, mas sobrou até pra Espanha, derrotada pelo Chile e eliminada da Copa do Mundo.

Créditos: Vander Felipe

Uruguaios alegres gritavam os nomes de Fórlan, Cavani, Suárez e Godín na chegada ao estádio...

Créditos: Vander Felipe
...Enquanto isso as figuras chegavam para animar o confronto.

Créditos: Vander Felipe

Até o inglês gritou "Vai Corinthians" sem saber o que isso realmente significa. Sobraram risadas.


Créditos: Adriana Santana

Além de uruguaios e ingleses, muitos americanos caminhavam para o jogo. Adivinhe para quem estavam torcendo? Inglaterra, óbvio.

Conversei com Chris, torcedor do Manchester City, disse que era o primeiro jogo da Copa que iria assistir no Brasil, mas está gostando do Mundial no Brasil. E disse que as pessoas em São Paulo são divertidas. Ouça:


Créditos: Vander Felipe

No centro de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, muitos torcedores disputavam um bom lugar para assistir o confronto na FIFA Fan Fest pelo telão. 

Clima de Copa! Ingleses e uruguaios misturavam-se aos brasileiros e equatorianos que também acompanhavam a partida.

Para quem gosta de Copa do Mundo está muito legal andar pelas ruas de São Paulo e ver de perto pessoas de várias nacionalidades, turistas pra todos os lados e uma só paixão: o futebol.

Vander Felipe. Tecnologia do Blogger.

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